Fins Necessários

Nesses últimos dias escutei um comentário que me deixou pensativa. 

Me disseram que alguém falou - embora eu desconheça a veracidade dos fatos, estamos aqui analisando o sentimento e não a pessoa e se de fato nunca existiu esse comentário, deixemos no aspecto hipotético, como um personagem de uma crônica - que não terminava  um relacionamento amoroso que já perdura há anos por consideração ao outro, mas, que para ela o relacionamento já não existia mais nem o amor que antes nutria.

Veja, sei que existiram/existem relacionamentos de muitos anos, principalmente da geração dos meus avós que mantinham/mantém casamentos com base nesse mesmo pensamento, pois, eram ensinados que o casamento era algo do qual as pessoas não desistiam, que era como um investimento, parceria e companheirismo e de certa forma é.

O que me incomodou foi a pessoa verbalizar isso à outros, pelas costas desse que ela supostamente considera. Considera a ponto de viver com ela por um ato de extremo sacrifício ou preguiça ou medo ou todas ou sei lá, mas, não a ponto de não a expor e falar dela com tanto desdém.

É como o ato altruísta, que deixa de ser altruísmo à partir do momento que alguém se gaba por tê-lo feito. Que ato é esse de renuncia em pró do próximo que você o expõe aos demais sem que ele saiba? E que você diz amá-lo quando na verdade não está ali por inteiro? E será que ser infeliz junto é mais nobre do que dar ao outro e a si mesmo a oportunidade da verdadeira felicidade? 

Términos são necessários. Dolorosos sim, mas, necessários. 

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