Um novo olhar...

Faz algumas semanas que eu estava programando dizer alguma coisa, mas, o tempo passou, as férias acabaram e eu fui tomada pela rotina novamente. 

Talvez se eu tivesse escrito no dia que ele foi embora, teria saído um post mais emocionado. Hoje já estou mais prática, menos tomada pela emoção, mas, o contexto do que eu pretendia dividir (e vou) é o mesmo. Para quem não me conhece pessoalmente e não me segue em outras redes sociais, eu sou professora, mas, eu trabalho com meu pai no contra-turno. Durante as minhas férias escolares de janeiro ele recebeu o Demetris, que mora no Chipre e é nascido na Grécia.

No ano de 2018, todo skype que eles fizeram juntos e praticamente todo e-mail que eles trocaram passou pela minha tradução. Meu pai me apelidou de "legenda". Para quem não nos conhece, meu pai é assim mesmo, sarrista. 


Enfim, Demetris veio, eu fui legenda por uma semana, fizemos o trabalho que deveríamos fazer e fizemos um amigo. Leonardo (marido) e eu levamos ele à Santos, ele como fã do Pelé que é, realizou-se nesse passeio e nós ficamos felizes por proporcionar isso à ele.


Mas, a vinda dele ao Brasil foi mais do que isso. Eu falei em emoção no início e quem não me conhece ou partilha da mesma essência do que eu - que choro em comercial de margarina - vai pensar que eu estou louca. A verdade é que ao final daquela semana intensa, o cansaço em adição às vivências me pegaram de tal forma que no dia seguinte da sua partida eu parecia estar de ressaca. Não sei se vocês já experienciaram ressaca como essa, eu já as tive pós retiros espirituais que fiz e pós o curso de liderança de vida e do gaivota da Signa. 

E porque foi tão intenso? Primeiro porque pela primeira vez eu precisei me comunicar em outra língua e colocar em prática, no ambiente corporativo, no meio de outras pessoas que dependiam de mim e isso foi uma realização, ver que eu poderia ser mais do que eu imaginava e fazer com qualidade mais do que eu imaginava. A experiência de trabalhar de fato com o Leonardo e o meu pai. Porque anteriormente o meu trabalho com eles era puramente burocrático e no escritório, então, vê-los trabalhar na prática e eles à mim, foi muito legal. O feedback que eu tive do meu pai após então? Realmente um momento único na vida. Tipo "memória base" (se você não assistiu Divertidamente, isso não fará sentido nenhum pra você, desculpe! hahahahahaha). E o feedback do próprio Demetris, que mesmo com toda a dificuldade da língua ele pensando em grego e tentando colocar em inglês e nós o mesmo só que em português, ele nos "desvendeu" de uma forma que nunca ninguém antes, muito Patrick Jane inclusive. Levantando nossas qualidades, nossas dificuldades e projetando o que ele esperava de nós e onde poderíamos estar/fazer. Basta dizer que eu seria apenas uma intérprete, mas, ele me qualificou como auditora em treinamento e eu como sou muito madura já pensei no título do livro "princesa em treinamento" da Meg Cabot, talvez eu devesse escrever um livro com esse título? Viu? Possibilidades diversas se abriram... hahahahahahahahaha. Calma você que não me conhece pessoalmente, eu só estou sendo engraçada.


Mas a experiência foi muito além dessas conversas, de ouvir sobre a história de vida do meu pai que ele contou e eu traduzi e muito além de tudo o que vivemos que foi dito e não foi dito. Além do banho de mar do Demetris e o seu olhar de realização como o de um menino. 

Em vários momentos de conversa, quando a gente explicava o Brasil para ele eu me pegava pensando: que absurdo. Como ele vai entender isso se eu mesma não entendo? E várias vezes quando ele perguntou o porquê eu respondia: "porque sempre foi assim". E toda essas conversas me fizeram pensar que deveria questionar mais, estranhar mais, procurar outras respostas mais. Se me parece absurdo e se não faz sentido algum, porque eu ainda faço? E isso em todos os âmbitos das nossas vidas. Faz sentido para vocês o que eu estou dizendo?


E para finalizar, ele que vem de um país seco onde praticamente não chove, ficou encantado que temos verão (sol) e chuva no mesmo dia, como somos abençoados! E em outras falas dele eu pensei em como a gente não valoriza o que temos, como a gente nem percebe mais porque é algo já garantido, certo, corriqueiro. O olhar que ele nos deu quando eu disse que as meninas tiveram um total de duas vezes à praia nos levou a culpa imediata. Ele me fez prometer que eu as levaria logo, que aquilo era lindo e o quanto elas iriam amar. E assim como prometido, na semana seguinte estávamos lá. E seguimos os dias cumprindo as tarefas e ações de trabalho que ele nos deixou e tentando ver a nossa vida pelo olhar do Demetris. 

Resenha: The Boy Most Likely To


Comecei a ler esse livro em março de 2017, quando o kindle que a minha irmã me emprestava estragou e eu fiquei um tempo sem conseguir ler mais. Finalmente com a chegada das férias e o incomodo do TOC de não ter concluído a leitura, hahahahahaha, baixei o app para o celular (que horrível ler no celular!!!) e terminei em dezembro de 2018!!!!!


FONTE: Penguin Teen

Foi escrito pela Huntley Fitzpatrick, este é uma continuação de: "A minha vida mora ao lado"  (que tem a história centrada na Samantha Reed). Já o "The boy most likely to" (ainda sem tradução pelo o que pude descobrir) tem como protagonista o Tim, amigo da Samantha e a Alice, irmã do namorado da Samantha. A narrativa acontece em primeira pessoa e ela troca entre ambos. Ora entendemos o ponto de vista de um e ora do outro. 


Essa dinâmica eu gosto muito, a Meg Cabot já a explorou e outras escritoras que eu leio. Também me agrada essas continuações que mostram de perto os demais personagens que antes eram coadjuvantes. 

A história é bacana, porém previsível e achei que do meio para o final teve muita enrolação desnecessária e alguns cortes que deixaram dúvidas e aí a leitura não fluía. Eu que geralmente fico com ressaca pós leitura, me sentindo orfã dos personagens, não tive nenhum apego com esses. Foi apenas mais uma leitura. 



Pausas

Em algumas horas o relógio vai tocar para voltarmos para casa e eu estou aqui um turbilhão, não consigo desligar.

Esse post já estava em rascunho... comecei a esboçar ele na minha cabeça, iria falar de estar aqui no interior e pensei em escrever como é importante para mim essa pausa que eu dou no final do ano dias antes das minhas férias reais (janeiro) ainda no recesso das festas, que vir para cá onde eu não sou a única que cozinha, lava louça e etc ou simplesmente por eu estar afastada da minha rotina consigo fazer muito mais e pensar muito mais e etc etc etc.

E sim, é tudo isso mesmo. Eu estou indo embora com duas tábuas que vão virar arte lá em casa, listas de papel com anotações e ideias, além das vontades ou/e coisas que quero providenciar.

Mas, tem o disparador dessa crise de ansiedade, que era sim possibilidade, mas,  não era fato e nem pauta desse post, pois bem, sou bicho ansioso e não consigo me manter indiferente ao cenário político. Esse flaxflu das redes sociais me incomoda e as notícias me dão medo... a vontade de chorar está entalada na garganta hoje e está custando a passar.

Estou torcendo por dias mais serenos, menos tumultuados e por estar errada. Sabe quando a gente acorda de um pesadelo e fica ali assustado se lembrando mentalmente: "não é real, foi só um sonho."? Eu realmente espero que os meus anseios não se concretizem e que eu possa pensar o mesmo e ser verdade. Se me permitem pedir algo pessoas que me lê, seria: seja gentil com os outros nesse período de medo, não despreze os sentimentos dessas pessoas. Obrigada!

Voltando a premissa, pausas são fundamentais e úteis em recomeços, assim como um corte de cabelo, organizar o armário, mudanças de ares, aprender algo novo entre outros ou até mesmos as famosas "resoluções" que é um convite pessoal à mudança de hábitos e costumes (ainda desenvolvendo as minhas).

Estou feliz, não sou o tipo de que chora quando um passeio acaba. Nunca fui! As meninas são iguais à mim, Maria Luiza disse que vai beijar o chão de casa, hahahahahahaha.

Estou feliz primeiro porque estou desejosa pelas coisas que quero fazer e colocava em espera dizendo aquela famosa frase que o marido cansou de ouvir: "Quando eu estiver de férias...", segundo porque nada como dormir na cama da gente e terceiro porque eu sinto muita falta da minha quietude de casa, estar em um grupo grande te compele a socializar mais, um momento privado e quieto é realmente raro.

Em poucas horas, menos do que no início dessa leitura, retorno ao meu lar e mesmo após dar destino aos meus sentimentos, não consigo desativar. Tentei todo o ritual: chá, creme, escrever e agora vou apelar para a música. Espero que ela não me decepcione.

Até logo mais e preferivelmente em um dia menos tenso.




Tatuagem com a Tatiana Alves

Em agosto de 2018 eu fiz a minha primeira tatuagem. Eu namoro a possibilidade desde os quinze, mas, demorou dezoito para eu finalmente fazê-la.

Decidi que seria algo relacionado às meninas e estava mais propensa à fazer os nomes, mas, então conheci o trabalho da Dani Bianco e resolvi que seriam duas menininhas com a característica delas. A Dani na época atendia apenas em Taubaté e isso dificultou um pouco, foi então que eu não lembro mais como, conheci o instagram da Tatiana Alves lá de Santos.

Com o tempo fui entendendo que ela tinha tatuado a Larissa Manoela e por essas e outras estava ficando famosa e a agenda mais concorrida. A princípio eu a conheci apenas pelo traço.

Meus pais decidiram me dar a tatuagem de presente e assim que a agenda dela abriu em maio, agendei para tatuar no dia 20 de agosto, que para os demais era uma segunda-feira comum e para mim, funcionário de São Bernardo do Campo, feriado.

Doeu? NADA! Juro! Quase dormi e foi difícil ficar parada.
Como foi? Nos encontramos na sala de espera, ela ouviu e perguntou sobre a tatuagem, entrou para criar e voltou com a ideia. Perfeito! Seguimos para tatuar. Ficou linda!


Já planejo outras... e ainda preciso de um desenho da Dani em mim!!